Um jovem foi preso em Barcelona depois de usar óculos inteligentes para gravar centenas de mulheres sem consentimento. O rapaz estava usando as gravações em seus cursos de “sedução”, que eram vendidos por 3.000 mil euros.
O detido abordou turistas estrangeiros, manteve conversas aparentemente casuais e as gravou com óculos que tinham uma câmera integrada. Sem aviso prévio e, de fato, escondendo isso.
Os vídeos eram então postados no TikTok e no Instagram como propaganda de seus cursos de “técnicas de sedução”.
Há quatro anos, alguns órgãos de proteção de dados já haviam emitido um alerta sobre o uso desse tipo de óculos para gravações não consensuais.
Em números:
- 329 vídeos analisados pela polícia.
- 239 conversas com detalhes íntimos de mulheres.
- 700.000 visualizações do vídeo do reclamante.
- 3.000 euros pelo curso completo (mais 45 euros por mês de assinatura).
O problema técnico
Os Ray-Ban Meta emitem uma luz branca durante a gravação, mas é fácil escondê-los com pequenos truques. A maioria das vítimas não detectou que estava sendo gravada, de acordo com a investigação policial.
Os óculos inteligentes representam um dilema de privacidade que não tivemos que enfrentar até agora, embora ele tenha sido previsto há uma década com o Google Glass liderando o caminho.
Apesar disso, Meta está preparando mais funções de Inteligência Artificial para os óculos, permitindo que eles identifiquem lugares e pessoas em tempo real. Essa prisão promete ser o primeiro de muitos conflitos que virão entre a tecnologia vestível e a privacidade.
Matéria traduzida e adaptada por Allana Aristides
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